segunda-feira, 26 de setembro de 2016

A lenda do céu de uma noite de setembro.



O mar, profundo e inquieto, com sua força intensa, move e guarda segredos infinitos.
Conta-se uma lenda de  que quis o mar unir em si a estrela e a lua, para além do cosmos onde cada uma habitava.
Pediu para que a chuva  molhasse as duas, numa canção que despertasse os sentidos...
Disse para que o vento soprasse poesia e fizesse ecoar palavras doces que aguçassem os desejos.
Rogou para que o tempo fosse harmonioso, completando essa sinergia.
E a lua, mais antiga do que a estrela, percebeu a conjuntura,
disse que não temia, pensava, queria, ardia...ardia!
Mas, a  estrela, mais jovem, bela e desconfiada, temia... Tremia!
Faltava algo que se movesse e indicasse o caminho.
Foi assim que o sol ouviu os apelos internos e mais profundos de cada um.
Quis participar e pediu para que o céu também se movesse de modo intenso.
E um clarão se fez no cosmos!
A lua e a estrela mesmo tremendo, se olharam e se lançaram ao mar,
banharam-se naquela tríade afluência,
Formando uma confluência profunda entre os três.
Foi quando eles juntos viram que, mesmo habitando espaços e mundos distintos,
Muitas e muitas vezes poderiam formar uma mesma coisa.
Encontros sagrados, intensos e profundos, que faziam ecoar uma luz diferente e rara pelo infinito ,
Luz onde todos se perdiam,
Luz na qual todos se encontravam,
Luz a qual todos se davam sem medo pois, seguramente sabiam o caminho de volta para casa
mas, também sabiam o caminho que os conduziria a eles mesmos, sempre!

(Greice Targino, para o mar e a estrela, em 27/09/2016, às 3:27 da manhã).

Um comentário: