quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Coisas do amor...



Amar desse jeito,
Sem saber a causa,
Só o efeito,
Eu te amo assim, meu amor!

No teu olhar eu me perco,
Já não existe medo,
Te amar não é segredo,
Não há reservas em mim.

E o tempo vai passando
E eu já não vejo a hora
De contigo, sem demora,
Partilhar os dias meus...

Te contar meus sonhos,
Fazer planos a dois,
Dividir mundos e espaços,
Sem segredos e desejos para depois.

Greice Targino. 15-12-2010.

domingo, 5 de dezembro de 2010

E o que é isto, se não for amor?



É bom ter alguém que goste da gente e ter alguém que agente goste também...                                                        
É bom saber que você me quer tanto e eu te quero também.
Que sentimento é esse que me invade toda e te quer tanto?
Que sentimento é esse que só quer você, só você?
Olho tudo a minha volta e tudo não passa de um bibelô na estante,
Mas você, é a casa inteira, é onde meu amor faz morada,
É o livro que eu quero ler,
 As linhas onde quero escrever,
Você é a tela onde pinto meus sentimentos ...
Essa vontade forte é linda, é tudo o que sinto,
E o que sinto por você é amor!
Amor forte, amor vivo, amor que  quer unir,
Construir, crescer junto,
Amor!
Amor que te quer,
Amor que te ama,
Amor que sonha estar contigo,
Em tí,
Amor que ama e ama...
Amor!
O que sinto é amor!


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Sonhos, sementes, sentir, viver...



Aquela foi chuva curta,
Mas foi forte para arrancar algumas flores do nosso jardim...
Mas, que bom, você e eu estamos aqui!
Ainda há sementes que não plantamos juntos.

 Os sonhos são sementes,
 Eu sonho...
 Ainda sonho...
E você também...

Existe o tempo de morrer, nascer, rir, chorar, amar odiar...
 Tempo de ser e pensar,
 Tempo...
 O meu tempo,
 O teu tempo,
 A minha vez,
  A tua vez...

O desencontro,
 O encontro
 Um tempo, uma vez para cada coisa...

Mas há o tempo de crer,
 De pegar as armas e lutar
 De pegar os instrumentos e trabalhar,
 O tempo de ser,
 O tempo de viver,
O tempo de amar...

Estes momentos de escuridão
Trouxeram-nos luz...
A luz necessária...
Ao menos trouxe para mim, e agora vejo que para ti também...

Não, meu amor,
Nem tudo pode ser dito...
Eu também não gosto de palavras não ditas, mas...
Às vezes, o silêncio fala ao coração muito mais do que os lábios.

Palavras, o que são além de palavras?
Sinta!
Sentir...
Eu não quero mais do que sentir!
Isso agora significa viver.
Antes, dizer tudo era tentar fazer o outro sentir,
Agora, ví que sentir é viver!

O nosso jardim.




Ainda bem que você voltou, meu amor
Para deixar melhor o meu caminho,
Encher meu mundo de carinho
E eu, encher tua vida de calor.

Vem que sou pássaro pequenino
E teus braços são o ninho
Onde o amor nasceu e eu me sinto bem.

Já esqueci o frio inverno que passou,
Pois o inverno apenas preparou a terra
Para as sementes que os nossos corações tem.

E agora que a primavera se faz,
Pouco a pouco eu vejo brotar
As sementes e flores mais lindas
No jardim que decidimos plantar.


ESTAÇÕES DO BEM-QUERER.



"QUANDO VOCÊ VEM, A TRISTEZA VAI EMBORA,
E VOCÊ NEM SE FOI, JÁ VEJO A HORA DE VOCÊ VOLTAR .
PRA SER OUTRA VEZ VC E EU, EU E VC NA PRÓXIMA MANHÃ,
NA PRÓXIMA LUA CHEIA,
OU EM CADA AMANHECER QUE A VIDA ME TROUXER VOCÊ.

E ALÍ SEREI TEU CÉU, E VOCÊ, SOL EM MIM...
E ENTÃO, SER ASSIM, MAIS QUE UM INSTANTE,
SER EM TI AMIGA E AMANTE,
EM TUAS NOITES  DE LUA,
DE SOL  OU DE CHUVA REPENTINA,
OU MESMO NO INVERNO FRIO, ONDE QUERO TE AQUECER,
E TAMBÉM NA  PRIMAVERA DE FLORES E PERFUMES QUE TE OFEREÇO...

PODE SER AINDA NO VERÃO DO TEU AMOR,
VERÃO DE LUZ E CALOR QUE EU SÓ GOSTO EM VOCÊ.
E QUANDO FOR OUTONO, ALÍ EU FICAREI MAIS
NO ACONCHEGO DOS TEUS BRAÇOS QUE ME ENCHE DE PAZ.
E ENTÃO, CALAR O GRITO SILENCIOSO DE MINHA ALMA QUE DIZ:
QUERO SÓ VOCÊ, E NINGUÉM MAIS...
NINGUÉM MAIS...
NINGUÉM MAIS...
SÓ VOCÊ!
VOCÊ!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sonhos são sementes nas mãos...




Hoje aprendi que não sei quase nada, que sempre precisarei aprender...Aprendi que a vida é muito curta e que não há tempo a perder, que tudo é possivel para Deus, e que às vezes é difícil sorrir, mas é preciso sorrir, mesmo lágrimas vertendo, para combater a dor pouco a pouco, já que também no conta-gotas do tempo pouco a pouco ela nos dilacera.

Aprendi que a vida faz jogo duro, mas não vou desistir, pois quando sofro aprendo mais. Aprendi que a dor ensina a viver, e a vida, se torna mais linda porque existem pessoas maravilhosas como vocês!
Aprendi que recomeçar é dificil, mas sonhos são sementes nas mãos, sementes possíveis, mas ainda desconhecidas, não sabemos o que elas podem nos dar...

Aprendi que amar não é fácil, mas, se tiver que ser recomeçado, deverá ser de um modo novo, outro modo de ser e de se manifestar, uma nova consciência, não é e não poderá ser o mesmo, por causa das memórias das feridas de tudo o que foi desfeito e quebrado um dia.

Percebi que o amor recomeçado pede ainda mais cuidado, por isso, é preciso sim pensar se vale a pena, se é possivel ultrapassar as compensações e desgastes passados, e se todos estão dispostos a ultrapassar o Vale das lembranças,pois, para quem ama, não importa o ego, o orgulho ou as memórias, quem ama confia, quem ama pode dar uma nova chance, se há esperanças, se há vontade mútua, é preciso correr riscos, ultrapassar o vale tentando até chegar ao vale do Sol do amor total e sem medo outra vez.

O mesmo sol nasce todos os dias, mas não do mesmo jeito. O amor pode ser assim! Mas às vezes, temos que dar uma nova chance a nós mesmos e ao outro... E pode sim ser algo ruim, mas tem a mesma chance de ser algo muito, muito melhor.

Aprendi com alguém memorável em meus dias que o caminho não é fácil, mas "O amor facilita muitas coisas..." E facilitaria... Sim, mesmo um amor ainda ferido pode facilitar tudo a todos sim! O mesmo amor que feriu, pode curar ao outro e ser curado nesses tempos novos! Descobri que às vezes em nossa vida tem que haver o desgoverno, abalando as estruturas  para desenvolver em nós a capacidade de nos refazermos à cada desestruturação interior ou material, e assim, nos tornarmos mais conscientes, mais fortes, mais seguros, mais maduros. O certo e o cotidiano constante tornam nossa vida comum, e o comum é medíocre, sem grandes revoluções, sem grandes acontecimentos, sem grandes emoções.

Descobri que eu nunca vou esquecer a letra de uma música que sempre retorna em momentos distintos a minha vida e traduzida, diz assim: "Se é amor, amor verás e amor viverás..." (Due, Laura Pausini).
Descobri também que todos em algum momento da vida podem ter tido suas músicas, e que eu um dia eu também cantei assim: "Eu tive sorte de te conhecer, sorte de amar voce..." (sorte, Forró do Muido).

Aprendi que minha alma pode agradecer a Deus mesmo em lágrimas de saudade e angústia, pois, só Deus sabe o futuro de tudo o que se vai de nós e de tudo o que não alcançamos, agradecer por ter amado, mesmo tendo perdido um grande amor onde parte da culpa é nossa e hoje, só restam músicas,saudade e memórias.

Mas a vida segue brotando as sementes desconhecidas...Sementes que às vezes devemos arriscar plantar , mas só os corajosos, porém humildes de coração arriscam muito ou arriscam tudo mesmo pois conhecem a sua capacidade de se refazerem novos. Dói ver rasgar a terra de nosso coração para plantar algo que ainda não sabemos se será bom nascer. Dá muito trabalho plantar algo, falar coisas necessárias, recomeçar o caminho, é que geralmente, tememos nossa própria incapacidade de construir o nosso mundo e o mundo do outro, queremos tudo pronto! Uns são medrosos e outros, preguiçosos... Ás vezes, temos que trabalhar em outros terrenos que se encontram com o nosso... É que um dia, fomos ou seremos trabalhados por alguém, e desta vez, é a nossa vez de trabalhar no coração dos outros!





Mas, aprendi também que às vezes, o fio de esperança é muito frágil para me suportar, não posso me agarrar a esse fio, apenas deixo ir e faço o mesmo. É que a espera é algo que fragiliza o amor e um dia, o fio da esperança, desgastado pelo tempo, arrebenta ferindo alguém e é nesta hora que este alguém deve partir, sem olhar para trás para não querer encontrar outro fio ainda mais frágil que o traga de novo ao que tanto esperou, mas, sempre é uma espera em vão...

*** Escritos enviados por uma amiga, palavras que me inspiraram o restante.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Amor novo... Ou nem tão novo assim!



Pensando sobre relacionamentos, estes dias, comecei refletir sobre relacionamentos que acabam e voltam... Eles pedem muito cuidado, é um risco e um desafio de gigantes.


Para mim, o caminho da reconquista é o mais difícil, pois teremos que ultrapassar pelo vale das lembranças, as lembranças de quem ferimos, de quem teve que aprender a se defender com o ego para não morrer perdido em sentimentos que deixaram tanto estrago na alma... Mas, há uma saída! Refazer tudo, restaurar com muito zelo e detalhe, se não, vai ficar sempre algo que pode ferir alguém quando a lembrança da ferida, do abandono inesperado, da traição ou seja lá o que for que voltar diante de uma crise ou diante de uma falta de perdão verdadeiro e pleno que existe nestes relacionamentos que vemos hoje. O amor faz voltar, mas nem sempre a dor das horas amargas foi embora. É difícil para quem foi ferido, mas para quem fere, fazer novo o mesmo amor, é ainda mais. 


Onde um vazio foi deixado, pode haver uma ferida aberta em carne viva e ela dói por ter sido dilacerada e está ainda em processo de cura. O cristal que foi quebrado não deve ser colado e sim, totalmente restaurado, quase como se fosse refeito mesmo para não deixar trincos que podem cortar quem dele se utiliza.


Onde o amor foi ferido, não será nunca mais o mesmo amor de antes. Quem quiser reiniciar, tem que saber que não será um recomeço, aquele tipo de confiança e relação quebrou, sempre há o risco da memória de quem foi ferido vir a tona e ambos deverão estar preparados para estas horas, principalmente a parte que fez o elo quebrar uma vez. O amor não poderá ser simplesmente  restaurado e sim completamente feito novo  ou o máximo próximo disso para que a memória não venha ferir ninguém com a decepção ou remorso fortemente e se vier querer fluir, a delicadeza será importante, a paciência, isso até que realmente todos estejam curados das feridas deixadas em um dado momento. 


Tem que ser de um jeito novo, um novo modo de ser e de amar, não será o mesmo amor, aquele morreu quando foi ferido. Tem que ser vinho do amor em taças novas ou tão bem restauradas que chegam a ser praticamente novas...As mesmas pessoas, mas com novo modo de viver o amor existente.

Quando você passa... (Música adolescente, mas a paixão faz estas coisas...)

 NO feriado, me peguei lembrando desta música... Busquei com a Maria Gadú, pois para mim, a voz e a interpretação de sandy são insuportáveis...Desculpem, mas o gosto é meu... Essa letra é linda...





Esse turu,turu,turu aqui dentro
Que faz turu, turu, quando você passa
Meu olhar decora cada movimento
Até seu sorriso me deixa sem graça.

Se eu pudesse te prender
Dominar seus sentimentos
Controlar seus passos
Ler sua agenda e pensamento
Mas meu frágil coração
Acelera o batimento
E faz turu, turu, turu, turu, turu, turu tu...

Se esse turu tatuado no meu peito
Gruda e o turu, turu, turu, não tem jeito
Deixa sua marca no meu dia-a-dia
Nesse misto de prazer e agonia


Nem estou dormindo mais
Já não saio com os amigos
Sinto falta dessa paz,
Que encontrei no seu sorriso
Qualquer coisa entre nós,
Vem crescendo pouco a pouco
E já não nos deixa sós
Isso vai nos deixar loucos...


Se é amor, sei lá...
Só sei que sem você, parei de respirar
E é você chegar
Pra esse turu, turu, turu, turu, vir me atormentar
Se esse turu tatuado no meu peito
Gruda e o turu, turu, turu, não tem jeito
Deixa sua marca no meu dia-a-dia
Nesse misto de prazer e agonia

Eu desisto de entender
É um sinal que estamos vivos
Pra esse amor que vai crescer
Não há lógica nos livros
E quem poderá prever
Um romance imprevisível
Com um turu, turu, turu, turu, turu, turu, tu

Se esse turu tatuado no meu peito
Gruda e o turu, turu, turu, não tem jeito
Nem estou dormindo mais
Já não saio com os amigos
Sinto falta desse turu, turu, turu, turu, turu, tu.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Na poeira do tempo...



Não guardei datas, lembro das datas iniciais, mas a final, não guardarei. Há coisa que devem ser esquecidas. Foram vividas, mas devem ser lembradas como um sonho distante, algo irreal, não presente. Se não lembro, se não datei, perde-se na poeira do tempo, não existe mais.

Apago da memória tudo o que não quero lembrar. O que eu não lembro, não sofro, não sinto. O que não sinto, não existe, o que não existe, não me afeta e se existiu um dia, se perdeu pouco a pouco como um vento que passa e não volta.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Tais sinais...



Não sei ler nas entrelinhas, mas algumas suas, já sei sim...
Espaços e silêncios onde o amor esconde seu início ou o seu fim,
falaram alto ao meu coração quando tua voz calou.


Eu pensava que não compreendia espaços e silêncios,
Sempre compreendemos, mas às vezes,  não queremos acreditar.
É o tom da voz, uma palavra a menos,
um outro modo de fazer o que antes era cheio de carinho.


Sentí isso da primeira vez que faltou o cotidiano mimo.
Da segunda vez, não deixei passar.
Não era só a nossa relação que estava em jogo.


Era a minha vida,
era eu e isso não se pode deixar para depois
isso, para não torturar a alma por mais tempo do que o iniciado no instante percebido.
Isso, para não torturar a alma com a dúvida do que claramente já é certo em tais sinais...

O Fanatismo Florbeliano do amor que se desfez...


Amei como quem ama a um Deus!

Eu com minha alma Florbeliana, característicamente exagerada, esqueci que os mortais não sabem ser adorados. São só mortais e eu não sou os deuses antigos que podiam divinizar os seres humanos.
Queria te tocar o corpo, sempre, para te sentir meu, e de tanto venerar, só a ti via, só a ti queria, de um modo que me perdia querendo me fundir contigo como um rio que desagua no outro e se torna um, por caminho natural e necessidade vital a tudo o que traz dentro de seu leito, dentro de si.

Eu não vi que aos poucos te ias, e que a cada toque morrias, pois tuas energias eu consumia.
Era amor, o meu amor divinizado e divinizante, este amor que se tornou fanático por quem pela primeira vez me tocou a parte de mim mais inacessível: A alma, e não só o corpo.

Me perdi no teu olhar de Sol, claro como o dia onde caminhei sem medo, sereno como o fim de tarde que convida os mortais à contemplação da vida e do eu e esse teu olhar é misterioso como a lua cheia que fascina as criaturas.Me perdi na tua voz que suavemente sussurrava pedidos de amor para ti e palavras de amor para mim.
 Me perdi no teu cheiro que ainda lembro pois foi para mim apaixonante, afrodisíaco. Me perdi no teu toque suave e às vezes forte, apaixonado e às vezes meigo, toque que me fazia querer te tocar ainda mais pois me trazia vida.Me perdi no teu calor que misturava-se ao meu e ali gerava a energia do querer mais e mais... Me perdi no teu sabor que me trazia o gosto de tudo o que é bom, de tudo o que eu sempre quis.

Como não ia te adorar? Fanática, eu te queria mais, eu te queria sempre, te queria todo, te queria tudo! Te queria só para mim e quando dizias sim que eras meu, isso  tantas vezes dito, eu entrava em êxtase, como nos transes espirituais que os fanáticos religiosos tem ao alterarem de algum modo seu estado de consciência.


Minha alma Florbeliana que só soube te  amar adorando. É meu exagero Florbeliano, o amor divinizado e divinizador que Florbela espanca declama em Fanatismo: Tudo era assim, mas agora, pouco a pouco já não é mais, a cada dia se esvai, aos poucos se vai e se desfaz, em resposta ao amor divino que parece de repente ter se  tornado nada, eu não podia esperar nem um segundo, assim que percebi, logo quis saber o que se escondia nas entrelinhas de uma voz e um jeito diferente de dizer as coisas meigas que dizias, como antes dizias, tive pressa em saber, era a minha vida em jogo e não só a tua...

A vida em teus espaços e silêncios de repente a mim dados,espaços e silêncios teus que gritavam em minha alma, o inicio do fim que não suportei esperar o teu tempo de  anúncio, já que minha alma em agonia já sabia o não dito por ti, pois a intuição ensina a ler as entrelinhas dos atos sutís, percebeu que o meu amor foi por ti tornado pequeno, o amor sagrado que alguém ou algo tirou a sacralidade de repente , e ao saber disso, me senti como se o que te dei foi tornado lixo, mas sei que não és assim, sei que deve apenas ter se tornado lembranças distantes da luz do que um dia foi, como um sonho que lembras apenas partes, as partes que queres e por isso mesmo deve ser  também por mim esquecido pouco a pouco como está sendo esquecido e tornado em amizade, uma outra forma de amar, sim, é o que tem se tornado  aquilo que era o meu:

“Fanatismo” (Florbela Espanca)

Minh'alma, de sonhar-te, *anda perdida (*andava, já não anda)
Meus olhos *andam cegos de te ver! ( *andavam...)
Não *és sequer razão de meu viver, (*Foste a razão)
Pois que tu *és já toda a minha vida! (*tu eras)

*Não vejo nada assim enlouquecida...( *Não via)
*Passo no mundo, meu Amor, a ler (*Passava)
No misterioso livro do teu ser
           *A mesma história tantas vezes lida!
(*Eu lia, não leio mais).

Tudo no mundo é frágil, *tudo passa..." (*Sim, passa, está passando)
Quando me *dizem isto, toda a graça (*me diziam, pois a graça perde-se na cadência dos dias)
Duma boca divina *fala em mim! (*falava quando era divina para mim)

E, olhos postos em ti, vivo de rastros: (Olhos que já não são mais só em ti)
"Ah!  Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..
(tu eras, já não és, já te tornei mortalmente humano e apenas amigo em meu coração e minhas memórias)."


 É que às vezes, o amor é um encontro desencontrado, mesmo tendo sido um encontro até que perdesse sua validade e seu tempo de ser.... Apenas isso, nada mais, tudo bem, tudo naturalmente bem tudo apenas segue normalmente seu próprio ciclo dentro da multiplicidade de manifestação disto que compõe a vida! Sejamos todos felizes, a vida segue adiante! E eu só abençoo o meu passado para que o presente seja iluminado pelo que aprendi, pois também teve muita coisa boa, tudo nos ensina a ser e a amar melhor!

Depois de tudo...Depois do amor...



Depois do amor, só o silêncio, quer seja de cansaço, quer seja de amor, quer seja de distância, seja o que for...Agora sim, encontrei serenidade e resposta de Deus. Obrigada por me mostrar sinais de que está comigo, Deus. Hoje é o meu tempo de amar, para construir e reconstruir a mim mesma e a nova primavera entre nós e a minha volta, não de auto-piedade ou de saudade, é o tempo de amar e construir.


Eu só tenho o que agradecer a Deus por ter amado tanto, por ter sido feliz pelo tempo que tive que ser. Não fiquei devendo nada a ninguém. Nem ninguém me deve nada, se só podemos dar o que temos.


Te dei tudo o que eu tinha, tudo o que eu pude e você fez o mesmo. Fomos felizes, isto basta. te amei, te amo e continuarei a te amar de outra forma de amar: a amizade. Não Posso mais sofrer nenhum dia depois da grandeza destas palavras. Deus me ajuda na sua sutileza.



Eu só posso agradecer a Deus, nada tenho do que reclamar. Estamos aqui, hoje é meu tempo de amar. Isso basta. Hoje, esta passagem da biblia em eclesiastes 3 me veio a mente e ao coração, e me calou a alma, a angústia, a saudade, a dor. Me mostrou qual o meu tempo agora:
1.
Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus:

2.
tempo para nascer, e tempo para morrer; tempo para plantar, e tempo para colher

3.
tempo para matar, e tempo para sarar; tempo para demolir, e tempo para construir;

4.
tempo para chorar, e tempo para rir; tempo para gemer, e tempo para dançar;

5.
tempo para atirar pedras, e tempo para ajuntá-las; tempo para dar abraços, e tempo para apartar-se.

6.
Tempo para procurar, e tempo para perder; tempo para guardar, e tempo para jogar fora;

7.
tempo para rasgar, e tempo para costurar; tempo para calar, e tempo para falar;

8.
tempo para amar, e tempo para odiar; tempo para a guerra, e tempo para a paz.

Hoje é o meu tempo de viver e amar, de viver sem questionar, amar sem medo nem reservas. Nada mais!

Fiz tudo certo, faria tudo outra vez porque fiz com verdade e amor puro e intenso.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O amor liberta...E se liberta também.



Tudo passa (...), a paciência tudo alcança. (Teresa d´Ávila)
Busca-te EM TI mesma(o) e encontrarás O AMOR VERDADEIRO E SEGURO p ti e os demais! QUANDO CONHECEMOS PROFUNDAMENTE A NÓS MESMOS, QUANDO ESTAMOS EQUILIBRADOS, oferecemos o melhor ao mundo. O amor que prende, mente, chantageia, não é amor, é cinismo, loucura ou egoísmo, ato de quem só pensa em sí. O amor liberta, lança fora o medo, não busca seus próprios interesses, doa-se totalmente, sem medidas, não fere...

O amor é um intenso e constante dar-se ao ser amado.
Se te deram ou se deste outra coisa, se não cuidaste bem de "teu amor", não era amor, era ilusão ou passatempo. É preciso reconhecer nossos erros e ir adiante, recomeçar, pois, como diz a música de Luisa Possi: "Vou adiante, pois a voz que me chama é a canção do canto de quem ama, vou adiante, o amanhã chega agora...." Faça por onde merecer o amor e quando estiver pronto (a), ele chegará a você e você verá o que é amor de verdade. Se não ama, se não cuidou bem,tem que deixar ir, assim você e o outro estarão livres para quando o amor chegar para cada um.

O amor é um intenso e constante dar-se ao ser amado.
Faça por onde merecer o amor e quando estiver pronto (a), ele chegará a você e você verá o que é amor de verdade. Se não ama, se não cuidou bem,tem que deixar ir, assim você e o outro estarão livres para quando o amor chegar para cada um.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Frase especial para mim!

O amor é sagrado, deve ser preservado, não deve correr riscos...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Musica para ouvir, uma declaração de amor...


http://www.youtube.com/watch?v=qtQSWyQhhHI

No Pretendo

Gloria Estefan


No pretendo ser la gota

que derrama tu silencio

Ni pretendo la nota que

se escapa en tu lamento

No pretendo ser la huella

que se deja en tu camino

ni pretendo ser aquella

que se cruza en tu destino

solo quiero descubrirme

tras la luz de tu sonrriza

ser el valsamo que alivia

tus tristesas en la vida

solo quiero ser la calma

que se escurre en tu desvelo

ser el sueño en que descansa

la razón de tus anelos

simplemente es el amor

cuando a roto sus cadenas

para darte el corazón

no pretendo ser tu dueña

No pretendo ser la llama

donde enciendes tus pasiones

ni pretendo ser la espada

que atraviese tus errores

No pretendo ser el aire

que respiras en la noche

ni pretendo ser la carne

que destila tus derroches

solo quiero ser la mano

que se tiene en el quebranto

ser un poco ese remanzo

donde muere el desengaño

solo quiero ser la estrella

que se engarza en tu mirada

la caricia que se entrega

sin razon y sin palabras

simplemente es el amor

que a encontrado su camino

para darte una ilusión

no pretendo hacerte mio

simplemente es el amor

cuando a roto sus cadenas

para darte el corazón

no pretendo ser tu dueña

solo quiero ser la mano

que se tiene en el quebranto

ser un poco ese remanzo

donde muere el desengaño

solo quiero ser la estrella

que se engarza en tu mirada

la caricia que se entrega

sin razón y sin palabras

simplemente es el amor

que a encontrado su camino

para darte una ilusion

no pretendo hacerte mio

simplemente es el amor

cuando a roto sus cadenas

para darte el corazón

no pretendo ser tu dueña

simplemete es el amor

sábado, 9 de outubro de 2010

O Sonho Sagrado.

Folhas caídas...Quantos anos se passaram?
Sempre a mesma coisa escrita
Mesmo sendo nossos os discursos...
Escondem-te!
Nada muda...
Com novas formas, permaneces aí...

És uma semente, que plantada em meu pensamento frutificou.
Bela planta, mesmo ferindo-me com espinhos,
Não tenho coragem de arrancar-te.

Figuro-te em meus escritos,
Na perspectiva de sempre recordar-te,
Mantendo-te em viva memória
Até que por fim te encontre;
Reconheça-te e assim possa eu amar-te...
Debaixo do céu de estrelas!

É um mito; mas não apenas isso...
É um sonho mitificado!
Os sonhos dão significado à doce vida!
O mito é um sonho tornado sagrado.

Greice Targino. (11-10-07).

Ninhos-Pássaros.


Do eterno vislumbre;

A contemplação.

Vôo da mente,

E por fim,

A luz!



Digo que nada e tudo

Encontram-se no preencher de vazios.

Corpo e alma,

Taça e vinho,

Ausência e presença...

O vôo até a eternidade!



Dualidades!



Mulheres:

Ninhos abertos para o vôo dos pássaros.

Mulheres:

Pássaros de asas abertas querendo ninhos.

Um mergulho no oceano chamado vida!



Greice Targino.

28-09-06.

SOU...


Um ser de natureza mutável para que você não me descubra nunca e não se acostume comigo!



Eu sou o perigo que brilha na lâmina afiada da espada, a mesma que te defende e te mata.



Eu sou a paixão e a raiva que dela se levanta quando não se tem o que intenta.



Sou a morte depois do gozo, o vazio depois do além... Sou seu pensamento mais perturbador, mas é este pensamento que você deseja.



Sou o fogo que se eleva dos teus mais intimos desejos, o mesmo fogo que te queima...



Sou fera, mas também sou quase meiga...



Sou...


...

...


(Em algum dia de dezembro de 2008)

domingo, 5 de setembro de 2010

Ame, se puder...


Quem tem medo de amar?

Ninguém! Temos medo de sofrer... Sofrer depois de amar tanto e ver o outro ir, ou o outro nos ferir com atos duros e palavras frias...
Nós misturamos o medo de amar e o medo de sofrer, mas eles são diferentes, a dor vem depois do amor desfeito...

Então, tenho sim medo de sofrer...Medo de amar, não! Ninguém tem...Acho que todo mundo quer amar, mas quando se vê em perigo de amar, a memória das coisas negativas dá sinal de perigo, um alerta, como um grito das lembranças, dizendo para não amarmos de novo para não corrermos o risco de sofrer novamente, de se ver em dor, em chagas no coração, na alma, nos pensamentos...

Mas, eu não posso parar, eu sou como um rio, aprendi que mesmo se me barrarem com pedras, logo minha água junta e ultrapassa as barreiras feitas por mim mesma ou por outros que querem me impedir certas coisas... Eu não paro nunca!
Ser amado é importante, mas amar, é muito, muito mais! Ouvi isto outro dia em um filme que nem lebro qual foi, mas a mensagem ficou... Amar é ser como o rio, é deixar fluir o que há de melhor de sí para os outros e deixar que o que há melhor que a vida traz para nós também flua...

Sim, sou como o rio. Deixo-me fluir, deixo-me correr. Se as lembranças, o passado mal-resolvido, as dores da alma, as feridas do coração, as mágoas ainda me prendem, meu rio não está correndo...A água não está fluindo, está parada. Não devemos ficar parados aí, não devemos ficar...

É preciso encontrar algo, alguém que nos faça fluir, que tire tudo o que barra o nosso caminho, a água não pode parar, a água deve correr... A água são nossas emoções, nossas lembranças, nossos novos sonhos, nossa vontade de ser e de viver, de ir e de vir... Nossos segredos mais profundos, nossos desejos e até o nosso medo...

Se a água está parada, apodrecerá ou secará ao sol... Deixe correr... E veja como a água está correndo em você, para onde está correndo... Se ninguém vier para te ajudar, não se desespere, é que Deus sabe que você é forte demais e conseguirá tirar as barreiras que te impede de amar de novo, te impede de fluir, de ser, de viver de um modo novo e iluminado, de ultrapassar... Mas às vezes, a vida nos dá uma chance, de onde nem pansávamos que viria. A ajuda pode vir pelas mãos, pelo coração, pela presença, pelas palavras de alguém...E se você desejar, deixe que o rio do outro flua e se encontre também no teu... Vocês serão dois que se encontram e se unem indo na mesma direção.... A amizade ou o amor! O amor sem medo... A amizade é também uma das faces do amor, e o amor entre duas pessoas de modo mais intimo, é outra das faces do amor.

Tudo o que sei é amar... E meu amor quer se dar... Sem medo! Não posso te dar outra coisa, não tenho mais do que isso! Eu quero te amar, quero ser sua, se me permitires, se quiseres te deixar fluir comigo até nos encontramos indo na mesma direção!

Ame também, se puder! Sei que nem todo mundo consegue, sei que nem todo mundo sabe, sei que nem todo mundo poderá arrancar as barreiras que impedem que se entreguem ao amor.
Mas ame, se puder! Ou então, deixarás o outro rio fluir sem tí e não em ti...

Ame, se puder!

Greice Targino - 05-08-2010

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

SOM DAS SEIS: Ponto de Cem Réis recebe quatro atrações nesta sexta

http://pbagora.com.br/conteudo.php?id=20100902104414&cat=cultura&keys=som-seis-ponto-cem-reis-recebe-quatro-atracoes-nesta-sexta
02 de Setembro de 2010


A Prefeitura da Capital, através da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), promove nesta sexta-feira (03) mais uma edição do Projeto 'Som das Seis'. Os músicos Tereza Helena & Trio, os Três do Forró, Tchero e Greice Targino, quatro atrações da cidade de Guarabira, Brejo paraibano, fazem a abertura do show do também paraibano Babilak Bah. Os shows acontecem a partir das 18h, no Ponto de Cem Réis.

Os artistas convidados farão uma participação especial no projeto, onde cada um vai tocar ou cantar por cerca de 30 minutos. Logo em seguida, sobe ao palco o artista paraibano que vive em Belo Horizonte, Babilak Bah. Em suas composições, ele traz para o público a alegria e a diversidade timbrística marcante da música nordestina. Tudo isso a partir de temáticas sociais e políticas da região onde nasceu.

Gilson César da Silva, ou Babilak Bah, é músico, poeta, educador social e produtor. Nasceu em 1° de janeiro de 1964, na cidade de Guarabira. O artista viveu a infância e a adolescência em João Pessoa e cresceu ouvindo cânticos e rimas populares. Aos cinco anos, fugiu para um bar próximo de casa para cantar e voltou com os bolsos cheios de moedas. Ainda criança, fazia batuque com tudo o que encontrava pela frente: pratos, latas, garrafas.

Com o passar do tempo, vieram as discotecas, os emboladores de coco, os repentistas, o cenário musical nordestino, os festivais, as intervenções do 'Jaguaribe Carne' e encontros com pessoas notáveis que mudaram radicalmente o seu destino. Jovem, conheceu a cultura popular, o valor da negritude e nomes como Pierre Verger, Naná Vasconcelos, Paulinho da Viola, Violeta Parra e Vítor Jarra, além de outros da cultura latino-americana.

Babilak Bah realizou shows do Enxadário e do Trem Tan-Tan, lançou três livros de poesia e compôs trilhas para espetáculos de dança (a música Haga-Mangue foi feita para a Companhia de Dança Cisne Negro, de São Paulo, no espetáculo “C/Cordas”) e para o cinema (no ano passado, uma de suas músicas fez parte da trilha sonora do filme brasileiro “Mão Armada”).

Convidados – Um dos convidados é Tereza Helena & Trio, que aposta no forró pé-de-serra para fazer o público se balançar nesta sexta-feira. Com um currículo que inclui shows no São João de Bananeiras e Campina Grande e apresentações em tevês de João Pessoa, Tereza Helena sobe pela primeira vez a um palco na Capital paraibana. Cantora profissional desde 2007, ela foi levada para a música pelas mãos do pai, que a incentiva desde a infância.

Depois vem Greice Targino, que teve seu primeiro contato com a música em 1994, quando fez parte do grupo Luará de Guarabira. Na sua trajetória, também integrou os grupos TJ Show e Canto Livre e as bandas Cristãs Kayrós, Boa Nova, Secretaria Davi e Banda da Igreja Presbiteriana de Guarabira. Em 2008, passa para a banda Galera do Arrocha, onde gravou três CDs. Em 2009, concorreu no Forró Fest com a música 'Valores desse Chão' e, em 2010, com a música 'Imagens do Nordeste', de sua autoria. Em paralelo, apresenta o 'Canta Brasil, Canta Nordeste', em que interpreta músicas da MPB, xote, baião, pop e homenageia artistas paraibanos.

O cantor Tchero está na estrada desde 1979, época em que a influência de medalhões da MPB como Zé Ramalho e Geraldo Azevedo influenciaram de forma determinante o seu trabalho. Há 17 anos sem se apresentar em João Pessoa, o cantor – que foi segundo lugar de melhor intérprete no Forró Fest 2000 – pretende restabelecer os laços com os músicos locais, com quem já dividiu o palco em outros momentos, e reacender a própria carreira.

Por fim, será a vez de Os Três do Forró, que existe há mais de 10 anos. O trabalho do grupo divulga o forró autêntico e interpreta sucessos de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Jorge de Altinho e Dominguinhos, além de músicas de compositores guarabirenses. Os Três do Forró tem se apresentado em grandes festas da região do Brejo, sempre com grande aceitação do público.



Secom/JP

RESPLANDESCER, Minha música no youtube

Outra música minha, já com a parte instrumental pronta.

http://www.youtube.com/watch?v=ElnOkZGIR0A

Minha composição no Youtube!

Minha música em fase de composição para vc ouvir...

DECLARADA...


http://www.youtube.com/watch?v=7YMLvZhlXTY

Análise da música "Chorando e cantando"- Geraldo Azevedo.


Ontem, tentei dormir... Muitas coisas para pensar e muitas coisas para sentir... É que as emoções foram demais a noite inteira.....Que noite!
Passei o dia pensando em uma música do Geraldo Azevedo, queria partilhar com você e partilhei tudo o que entendo dela e a beleza desta interpretação, algo mesmo que me tocou e que se parece com tudo isso o que estamos vivendo, mas parece também com tantas histórias que já ouvi...E foi maravilhoso quando você me enviou a resposta sobre essa música! Achei graça quando terminei de enviar a mensagem com trechos da música “Chorando e cantando” para ti
e quando vi no meu celular, você tinha feito o mesmo! Que sintonia entre nós!

Quando Fevereiro chegar,Saudade já não mata a gente,A chama continua,No ar,O fogo vai deixar semente”

Metáforas!!!fevereiro, representa a alegria do verão e do carnaval, ou seja, a presença da pessoa alegra o outro, a saudade se vai, o fogo do desejo e do vivido entre os dois deixa mais vontade e lembranças, faz os amantes felizes...

“A gente ri a gente chora,a gente chora,Fazendo a noite parecer um dia”

Numa relação, agente ri de alegria, de besteiras faladas, graça q o outro faz, das lembranças boas e coisas engraçadas que acontecem, ri de felicidade, mas chora também de desejo, de tristeza, de saudade, de medo de perder o outro, medo de sufocar o outro com nosso amor, de vontade de ser amado igualmente, chora por tudo... a noite reresenta a tristeza que logo vira dia na presença ou na lembrança boa dos momentos entre os dois, mas a noite pode representar a solidão, a saudade...Que se vai e vira dia, a vida se ilumina quando o outro chega)

“Depois faz acordar cantando,Pra fazer e acontecer,Verdades e mentiras”

Toda relação tem fantasias e coisas reais,são os sonhos, o imaginado, o desejado... E quando elas são soltas de nós, faz agente ficar feliz,o ficar feliz é o cantar aí representado...

“Faz crer,Faz desacreditar de tudo,E depois,Depois amor ô, ô, ô, ô”

Quando se gosta de alguém, a esperança é a de ser amado, de ser feliz... E ao mesmo tempo, se há esse desejo em uma das partes, há também a insegurança de não se saber se é amado... Por isso, agente crê e não crê até que tenhamos a certeza de que se é amado... Mas, ainda assim, nada mais gostoso do q amar essa pessoa, fazer amar com quem se quer, mesmo sem saber o quanto somos ou se somos amados... É a esperança em nós, a esperança de ser amado e ao mesmo tempo, a gratificação ou prazer de se estar com quem se gosta...

“ Ninguém, ninguém,Verá o que eu sonhei,Só você meu amor,Ninguém verá o sonho,Que eu sonhei”

Claro que há muitas interpretações, mas para mim, significa segredos entre dois que não querem partilhar com o mundo sua intimidade, pode ser um amor proibido, um segredo entre quem não pode ou não quer se revelar ao mundo.... Segredos entre amantes que não podem ser declarados ao mundo ou não desejam,querem apenas viver seu amor a dois alí velado.....Tantos segredos...Coisas sem muitas demonstrações públicas...Essa música cabe há vários amores, desde aos que são amantes livres, até aos proibidos como os amores entre amantes secretos ou mesmo amores condenados pela sociedade e a mora, como o amor entre homossexuais... Serve para qualquer amor que não pode ser visto às claras ou não deseja se revelar seja lá pelo que for! Fiquei pensando tanto em tantas coisas, tantas situações vividas por tantas pessoas que conheço ou ouvi de algum modo, gente que senti bem perto de mim, apenas ao interpretar esta música... É que sou filosófica mesmo...

“Um sorriso quando acordar, Pintado pelo sol nascente,Eu vou te procurar,Na luz De cada olhar mais diferente”

O sorriso do amado parece ser de pura luz, uma luz divina representada aí pelo sol... Essa interpretação é uma divinização, uma sacralização do amado, assim como Florbela Espanca que diviniza o amado no poema “Fanatismo”, conhecido por nós na voz de Fagner, pois ele musicou esse poema. Nele, há um trecho belo onde ela diz: Tu és como Deus, principio e fim...” coisas do amor, não é? O outro é sempre grande, importante, especial demais, ofuscante, quase um Deus!

“Tua chama me ilumina,Me faz,Virar um astro incandescente,O teu amor faz cometer loucuras”

A chama do amor, o que move o outro a querer ser iluminado pela presença e o amor do amado, é o desejo grande pelo outro, o fogo brilhante da paixão, neste caso, não só o amado é divino,o amante também é divinizado pela luz do amado, pois vira o amante se torna um astro brilhante -incandescente-.... E comete loucuras pelo amado, pois esse amor é tudo...

“Faz mais,Depois faz acordar chorando,Pra fazer acontecer,Verdades e mentiras,Faz crer,Faz desacreditar de tudo. E depois,Depois do amor ô, ô, ô, ô”

E depois do amor, agente chora de prazer e acredita, desacredita no amor que deseja que seja inteiro, todo nosso....Essa musica é a cara das certezas incertas do amor.É também o medo de amar e sofrer,mas, já amando...
O EU que fala e pensa no amado não tem certeza se é amado... Mas, ama ardentemente e ainda assim nessas incertezas todas, é feliz, pois esse amor é tudo para essa pessoa.... É isso o que entendo dessa musica e queria partilhar Com você!

Beijo grande!

Greice Targino!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

ECOS


Sou a solidão contida em um único dia:
A eternidade!
Sou o vácuo, o vazio mais obscuro...
Sou a lembrança e a saudade.

Não sou a justiça, não a conheço, não a faço...
Tenho nas mãos uma espada que ainda não usei.
Venço, mas não por violência!

Suplique para que eu me vá, ou então, eu a destruo!
Tenho cabelos brancos, mas sou muito forte.
Risque os céus, faça as suas preces...
Hoje, eu vim atendê-las!

Eu sou a sua voz quando calas.
Teus pensamentos secretos, sou eu!
Sou a morte, sou a vida...
Sou a tua face mais absoluta e mais escondida.
Eu sou o teu EU!

(Greice Targino - 05-02-2009)