quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Amor novo... Ou nem tão novo assim!



Pensando sobre relacionamentos, estes dias, comecei refletir sobre relacionamentos que acabam e voltam... Eles pedem muito cuidado, é um risco e um desafio de gigantes.


Para mim, o caminho da reconquista é o mais difícil, pois teremos que ultrapassar pelo vale das lembranças, as lembranças de quem ferimos, de quem teve que aprender a se defender com o ego para não morrer perdido em sentimentos que deixaram tanto estrago na alma... Mas, há uma saída! Refazer tudo, restaurar com muito zelo e detalhe, se não, vai ficar sempre algo que pode ferir alguém quando a lembrança da ferida, do abandono inesperado, da traição ou seja lá o que for que voltar diante de uma crise ou diante de uma falta de perdão verdadeiro e pleno que existe nestes relacionamentos que vemos hoje. O amor faz voltar, mas nem sempre a dor das horas amargas foi embora. É difícil para quem foi ferido, mas para quem fere, fazer novo o mesmo amor, é ainda mais. 


Onde um vazio foi deixado, pode haver uma ferida aberta em carne viva e ela dói por ter sido dilacerada e está ainda em processo de cura. O cristal que foi quebrado não deve ser colado e sim, totalmente restaurado, quase como se fosse refeito mesmo para não deixar trincos que podem cortar quem dele se utiliza.


Onde o amor foi ferido, não será nunca mais o mesmo amor de antes. Quem quiser reiniciar, tem que saber que não será um recomeço, aquele tipo de confiança e relação quebrou, sempre há o risco da memória de quem foi ferido vir a tona e ambos deverão estar preparados para estas horas, principalmente a parte que fez o elo quebrar uma vez. O amor não poderá ser simplesmente  restaurado e sim completamente feito novo  ou o máximo próximo disso para que a memória não venha ferir ninguém com a decepção ou remorso fortemente e se vier querer fluir, a delicadeza será importante, a paciência, isso até que realmente todos estejam curados das feridas deixadas em um dado momento. 


Tem que ser de um jeito novo, um novo modo de ser e de amar, não será o mesmo amor, aquele morreu quando foi ferido. Tem que ser vinho do amor em taças novas ou tão bem restauradas que chegam a ser praticamente novas...As mesmas pessoas, mas com novo modo de viver o amor existente.

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