quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sonhos são sementes nas mãos...




Hoje aprendi que não sei quase nada, que sempre precisarei aprender...Aprendi que a vida é muito curta e que não há tempo a perder, que tudo é possivel para Deus, e que às vezes é difícil sorrir, mas é preciso sorrir, mesmo lágrimas vertendo, para combater a dor pouco a pouco, já que também no conta-gotas do tempo pouco a pouco ela nos dilacera.

Aprendi que a vida faz jogo duro, mas não vou desistir, pois quando sofro aprendo mais. Aprendi que a dor ensina a viver, e a vida, se torna mais linda porque existem pessoas maravilhosas como vocês!
Aprendi que recomeçar é dificil, mas sonhos são sementes nas mãos, sementes possíveis, mas ainda desconhecidas, não sabemos o que elas podem nos dar...

Aprendi que amar não é fácil, mas, se tiver que ser recomeçado, deverá ser de um modo novo, outro modo de ser e de se manifestar, uma nova consciência, não é e não poderá ser o mesmo, por causa das memórias das feridas de tudo o que foi desfeito e quebrado um dia.

Percebi que o amor recomeçado pede ainda mais cuidado, por isso, é preciso sim pensar se vale a pena, se é possivel ultrapassar as compensações e desgastes passados, e se todos estão dispostos a ultrapassar o Vale das lembranças,pois, para quem ama, não importa o ego, o orgulho ou as memórias, quem ama confia, quem ama pode dar uma nova chance, se há esperanças, se há vontade mútua, é preciso correr riscos, ultrapassar o vale tentando até chegar ao vale do Sol do amor total e sem medo outra vez.

O mesmo sol nasce todos os dias, mas não do mesmo jeito. O amor pode ser assim! Mas às vezes, temos que dar uma nova chance a nós mesmos e ao outro... E pode sim ser algo ruim, mas tem a mesma chance de ser algo muito, muito melhor.

Aprendi com alguém memorável em meus dias que o caminho não é fácil, mas "O amor facilita muitas coisas..." E facilitaria... Sim, mesmo um amor ainda ferido pode facilitar tudo a todos sim! O mesmo amor que feriu, pode curar ao outro e ser curado nesses tempos novos! Descobri que às vezes em nossa vida tem que haver o desgoverno, abalando as estruturas  para desenvolver em nós a capacidade de nos refazermos à cada desestruturação interior ou material, e assim, nos tornarmos mais conscientes, mais fortes, mais seguros, mais maduros. O certo e o cotidiano constante tornam nossa vida comum, e o comum é medíocre, sem grandes revoluções, sem grandes acontecimentos, sem grandes emoções.

Descobri que eu nunca vou esquecer a letra de uma música que sempre retorna em momentos distintos a minha vida e traduzida, diz assim: "Se é amor, amor verás e amor viverás..." (Due, Laura Pausini).
Descobri também que todos em algum momento da vida podem ter tido suas músicas, e que eu um dia eu também cantei assim: "Eu tive sorte de te conhecer, sorte de amar voce..." (sorte, Forró do Muido).

Aprendi que minha alma pode agradecer a Deus mesmo em lágrimas de saudade e angústia, pois, só Deus sabe o futuro de tudo o que se vai de nós e de tudo o que não alcançamos, agradecer por ter amado, mesmo tendo perdido um grande amor onde parte da culpa é nossa e hoje, só restam músicas,saudade e memórias.

Mas a vida segue brotando as sementes desconhecidas...Sementes que às vezes devemos arriscar plantar , mas só os corajosos, porém humildes de coração arriscam muito ou arriscam tudo mesmo pois conhecem a sua capacidade de se refazerem novos. Dói ver rasgar a terra de nosso coração para plantar algo que ainda não sabemos se será bom nascer. Dá muito trabalho plantar algo, falar coisas necessárias, recomeçar o caminho, é que geralmente, tememos nossa própria incapacidade de construir o nosso mundo e o mundo do outro, queremos tudo pronto! Uns são medrosos e outros, preguiçosos... Ás vezes, temos que trabalhar em outros terrenos que se encontram com o nosso... É que um dia, fomos ou seremos trabalhados por alguém, e desta vez, é a nossa vez de trabalhar no coração dos outros!





Mas, aprendi também que às vezes, o fio de esperança é muito frágil para me suportar, não posso me agarrar a esse fio, apenas deixo ir e faço o mesmo. É que a espera é algo que fragiliza o amor e um dia, o fio da esperança, desgastado pelo tempo, arrebenta ferindo alguém e é nesta hora que este alguém deve partir, sem olhar para trás para não querer encontrar outro fio ainda mais frágil que o traga de novo ao que tanto esperou, mas, sempre é uma espera em vão...

*** Escritos enviados por uma amiga, palavras que me inspiraram o restante.

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