quinta-feira, 19 de agosto de 2010

MINHA MUDEZ.


MINHA MUDEZ.

Como suportar o silencioso grito
da dor contida nessa paixão muda?
Ferida nua, no coração escondida,
é aí onde estou perdida,
na não-permissão da paixão que pulsa;
nas horas inertes do pensamento fluídas,
e deixam assim minha alma partida,
na devaneiante desiluzão avulsa.

Paixão que dos sentidos desliza,
na cortante faca do desespero:
Não podeis proibir-me os desejos
que por ti nutro, quando em silêncio me enlevo,
em meu real mundo paralelo,
mundo que só para ti criei.
E alí, em espírito sempre insiro-te,
quando de todo o meu ser, por ti anelo.

(Greice Targino - 05-08-2008)

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